1 – Uso do hífen
O uso do hífen sempre foi um dos temas mais difíceis entre todos os conteúdos de gramática para concursos. Só que o novo acordo ortográfico virou a regra de cabeça para baixo: quem tinha aprendido, tem que reaprender!
A boa notícia é que, nisso, o novo acordo conseguiu facilitar bastante a vida dos concurseiros. As novas regras são:
Letras iguais devem ficar sempre separadas. Exemplos: “anti-inflamatório” e “supra-auricular”.
Letras diferentes devem ficar juntas. Exemplos: “neoliberalismo” e “extraoficial”.
Entretanto, esta última regra tem exceções. Veja:
Quando o segundo termo começa com H, o termo leva hífen. Exemplo: “anti-higiênico”.
Se o prefixo termina em vogal e o sufixo leva R ou S, eles serão dobrados. Exemplos: “minissaia” e “contrarregra”.
ATENÇÃO: quando o R ou S “se encontram”, continuam separados. Exemplo: super-requintado.
2 – As regras de acentuação: oxítonas e monossílabos
As regras de acentuação estão entre o que mais mudou no novo acordo ortográfico. Há uma regra em específico que tem muito potencial para confusão: as palavras oxítonas e monossílabas.
Conforme a regra antiga, elas levavam acento nas mesmas situações. Entretanto, para a gramática, tratava-se de regras diferentes.
Com o novo acordo ortográfico, as palavras monossílabas e oxítonas continuam levando acento nos mesmos casos. Acontece que o acordo, agora, considera ambas como parte da mesma regra!
O que isso muda na resolução das provas de português para concursos? Simples: se a questão apresentar uma palavra monossílaba (pé) e uma oxítona acentuada (café) e afirmar que elas levam acentos devido a regras diferentes, a alternativa está INCORRETA! É um dos casos nos quais a banca tenta confundir o candidato trazendo uma afirmação da regra antiga como certa. Não caia nessa!
3 – Queda do acento diferencial
Continuando no rol das regras de acentuação, outra mudança foi a queda do acento diferencial, que existia para distinguir palavras escritas de modo semelhante, mas pronunciadas de modo diferente. Entretanto, pelo hábito de quem foi alfabetizado na regra antiga, muitos candidatos erram a grafia na redação e assinalam alternativas incorretas na prova objetiva.
Por exemplo: na regra antiga, o acento circunflexo diferenciava a preposição “pelo” do substantivo “pêlo”. Agora, isso não existe mais: é “pelo”, independentemente do que estiver falando!
Acontece que essa regra também tem exceções, e é aí que as questões de gramática nos concursos pegam os candidatos. Por exemplo: dizer “ele tem” e “eles têm” continua correto. O mesmo acontece com o verbo poder, nas conjugações “pode” (presente) e “pôde” (passado). Esse é um dos poucos casos nos quais não tem jeito: tem que decorar.
4 – Inclusão das letras “estrangeiras” no alfabeto
A língua portuguesa carrega muitos dos chamados estrangeirismos. São palavras de outros idiomas, principalmente do inglês, que são usadas de forma tão corriqueira que parecem fazer parte do nosso idioma.
Entretanto, nem todo mundo sabia que as letras nelas usadas não estavam no alfabeto da língua portuguesa. Com o novo acordo ortográfico, W, K e Y foram incorporados oficialmente ao idioma.
Ou seja: caso apareça uma questão dizendo que certos nomes, como Wagner e Yasmin, têm letras que não fazem parte do alfabeto, não tenha dúvida: está incorreta!